Pelé – Brasil x Itália – Copa do Mundo 1970Créditos: FIFA Tricampeão mundial pela Seleção Brasileira, a Majestade da Bola comemora seu 80º aniversário nesta sexta-feira (23). FONTE: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL. No dia 23 de outubro de 1940, há exatas oito décadas, nascia, em Três Corações, o maior e melhor jogador de futebol de todos os tempos. O craque que deixou sem palavras até os mais talentosos poetas. Que parou uma guerra. Que, de menino, virou Rei. E de Rei, tornou-se eterno. Há 80 anos, vinha ao mundo o mais genial dos grandes gênios da história do futebol: Pelé. Nesta sexta-feira (23), reverenciado por todo o mundo da bola, o Rei do Futebol comemora seu aniversário. A data especial marca um dia de muitas homenagens para Pelé. Jogadores, personalidades, federações e clubes do mundo todo, ligados ao futebol ou não, prestaram sua homenagem a ele. E não é à toa. A carreira de Pelé foi tão encantadora quanto vitoriosa e fez dele um atleta mais do que admirado. É, até hoje, sinônimo de vitórias, de classe e de excelência. Por isso, quando Pelé faz aniversário, o mundo inteiro celebra junto. A festa é do Rei e nós, súditos do planeta bola, comemoramos e homenageamos o Majestade. Pelé Seleção Brasileira (de 1957 a 1971)Jogos: 113Gols: 9584 vitórias, 15 empates e 14 derrotasTítulos: Copa do Mundo (1958, 1962 e 1970), Copa Roca (1957 e 1963), Taça do Atlântico (1960), Taça Oswaldo Cruz (1958, 1962 e 1968) e Taça Bernardo O’Higgins (1959) O sonho de menino A relação de Pelé com o futebol começou quando ele era apenas um menino. Aos dez anos de idade, assistiu à tristeza de seu pai, Dondinho, com a derrota do Brasil na final da Copa do Mundo de 1950. Disposto a consolar o pai, prometeu que buscaria o tão sonhado título mundial dentro de campo. E realmente o fez, oito anos depois. O caminho para a história começou no ano de 1957. Convocado por Vicente Feola, Pelé era uma aposta do treinador para a disputa da Copa Roca, tradicional torneio amistoso entre Brasil e Argentina. Aos 16 anos de idade, Pelé fez sua estreia com a camisa da Seleção no Maracanã, em uma derrota. O Brasil perdeu por 2 a 1 para a Argentina, mas Pelé deixou sua marca. O jovem entrou aos 20 minutos do segundo tempo e marcou pela primeira vez com a Amarelinha, empatando a partida. Superado no primeiro jogo, o Brasil reverteu a desvantagem na partida seguinte, com mais uma boa atuação do Rei. Pelé marcou um dos dois gols da Seleção na vitória por 2 a 0 no Morumbi, que garantiu o título da Copa Roca, o primeiro dele com a Seleção Brasileira. A primeira estrela na Suécia Um ano mais tarde, Pelé foi à Suécia para disputar a sua primeira Copa do Mundo. Com apenas 17 anos, o jovem mostrou muita maturidade e um futebol de gente grande entre adversários muito complicados. Sua estreia foi justamente na terceira partida do Brasil. O meio-campista se lesionou em um jogo preparatório contra o Corinthians, ainda no Brasil, e só pôde estrear na última rodada da fase de grupos. Diante da União Soviética de Lev Yashin, a Seleção Brasileira precisava vencer para garantir a vaga no mata-mata. Dentro de campo, o Brasil justificou a espera de Feola por Pelé. Ao lado de Garrincha e Didi, o jovem transformou a Seleção em uma verdadeira de máquina de jogar futebol e liderou a equipe a uma convincente vitória por 2 a 0, com direito a bola na trave e passe para o segundo gol de Vavá, que fechou o placar. Nas quartas, o Rei marcou o seu primeiro gol em Copas do Mundo, decidindo o confronto com o País de Gales, vencido por 1 a 0. Se Pelé já estava bem, a semifinal foi ainda melhor. Contra a França do artilheiro Just Fontaine, ele marcou três vezes e conduziu o Brasil a uma categórica goleada por 5 a 2. Oito anos depois de ver seu pai chorar em casa, o jovem de Três Corações estava na final da Copa do Mundo. Na decisão, Pelé voltou a balançar as redes. Foram dois gols em mais um triunfo por 5 a 2, que deu ao Brasil o primeiro título mundial de sua história. O bi no Chile Defendendo o título mundial, o Brasil chegou ao Chile em 1962 cheio de expectativas, principalmente pela reedição de grandes parcerias da Copa do Mundo anterior, com os retornos de Garrincha, Didi e, é claro, Pelé. Na estreia, contra o México, a Seleção não encontrou dificuldades e venceu por 2 a 0. Pelé deixou o dele. Mas a trajetória do Rei nesta Copa duraria pouco. Ainda no início da partida contra a Tchecoslováquia, ele sentiu uma lesão no músculo adutor da coxa e teve que deixar o campo. Aquela seria a última partida de Pelé na Copa do Mundo do Chile. Para a graça dos torcedores brasileiros e do próprio Rei, no entanto, Garrincha estava lá. E o Anjo das Pernas Tortas entrou em cena para garantir o bicampeonato. O Mané foi decisivo em todos os confrontos até a final e deu o segundo título mundial ao Brasil, que empatava no número de conquistas com Itália e Uruguai. A frustração em solo inglês Bicampeã do mundo, a Seleção Brasileira foi à Inglaterra, em 1966, como grande favorita ao título. Mas o Brasil não conseguiu reeditar as boas atuações das duas Copas anteriores. Caçado na vitória por 2 a 0 sobre a Bulgária, Pelé ficou de fora da segunda rodada, contra a Hungria. Após o empate sem gols com os húngaros, o Brasil precisava derrotar Portugal para avançar de fase. Foi aí que entrou em ação a genialidade de Eusébio, que comandou a equipe lusitana ao triunfo por 3 a 1, mesmo com Pelé como titular. Com o resultado, a Seleção foi eliminada na primeira fase. Aquela seria a única vez que Pelé não venceria um Mundial. O milésimo gol Entre