Não há arbitragem que explique o inaceitável colapso do Botafogo contra o Palmeiras
Botafogo lamenta derrota para o Palmeiras — Foto: André Durão/ge
De melhor ao pior tempo na mesma partida, Botafogo não pode justificar derrota apenas na expulsão de Adryelson
FONTE: Por Sergio Santana — Rio de Janeiro.
Por mais que as inúmeras reclamações de John Textor à arbitragem possam ter algum embasamento, seria leviano dizer que a derrota do Botafogo para o Palmeiras se deu apenas por causa da expulsão de Adryelson. Questionável ou não, o lance, claro, trouxe o time paulista mais ao ataque no Estádio Nilton Santos, mas a postura do Alvinegro antes disto já era assustada e ansiosa no segundo tempo.
E tudo foi por água abaixo. Abalo? Ansiedade? Achar que a vitória estava garantida? Não há um diagnóstico correto para explicar como o Botafogo saiu de um 3 a 0 a favor para a derrota por 4 a 3 em 54 minutos, mas a etapa complementar mostrou a pior versão do Alvinegro no ano.
Mesmo quando o placar ainda estava em 3 a 0, os jogadores se livravam rápido da bola. Parecia estar queimando. A impressão passada é que ninguém da comissão do clube carioca gostaria de ter segundo tempo – mas esqueceram do Palmeiras do outro lado.
O primeiro gol adversário vem muito disso. Após agarrar a bola, Perri logo se livra da posse na tentativa de um longo – e difícil – lançamento para Júnior Santos, que estava aberto na ponta direita. Parecia que era o Botafogo que estava perdendo por 3 a 0 e corria contra o tempo para diminuir o placar. O Palmeiras recuperou, Endrick dominou no meio-campo e guardou.