Fonte: Site MSN Brasil. Com a disseminação do novo coronavírus no Brasil se intensificando às vésperas do outono, aumentaram as dúvidas sobre os sintomas da doença covid-19, que, na maioria dos casos, são semelhantes aos de uma gripe comum.Acompanhe nossa cobertura sobre o coronavírus.Últimas notícias, perguntas e respostas e como se cuidar. No Google, termos como “coriza” e “espirro” também têm sido mais buscados em associação com a expressão “sintomas do coronavírus” no último mês, o que pode indicar uma confusão também entre a covid-19 e outras síndromes respiratórias brandas como o resfriado e a rinite alérgica. “As pessoas precisam estar cientes de que a covid-19 é realmente um tipo de gripe, então ela tem realmente muitos sintomas em comum”, disse à BBC News Brasil o infectologista da Fiocruz Recife Paulo Sergio Ramos.Como se protegerTodas as notíciasMapa de casosSintomas “Mas elas precisam ficar atentas para uma possível dificuldade de respirar. Isso sinaliza que a doença pode estar se complicando, e aí é necessário buscar um serviço de saúde.” 5 estratégias de países que estão conseguindo conter o contágio do coronavírus Coronavírus: qual o tratamento para sintomas leves e graves da covid-19 No Brasil, as pessoas não devem procurar unidade de saúde se tiverem apenas tosse, apenas coriza, apenas coriza e mal-estar ou sensação de moleza no corpo ou apenas febre, segundo o Ministério da Saúde. E quem precisa ir ao hospital? Só quem apresentar os sintomas mais graves, como dificuldade para respirar, respiração curta ou falta de oxigenação — que já podem ser sinais de pneumonia, um dos estágios mais graves da covid-19. As autoridades alertam, no entanto, que é preciso se informar sobre os protocolos de saúde do seu Estado ou município.Veja mais no MSN Brasil: Mundo tem 30 projetos de vacina contra o coronavírus (RFI) OMS recua e diz que ibuprofeno pode ser usado (Estadão) Saiba como agir diante de preços abusivos do álcool em gel (Seleções) Como diferenciar? A doença que o vírus Sars-Cov-2 provoca, a covid-19, é uma infecção respiratória que começa com sintomas como febre e tosse seca e, ao fim de uma semana, pode provocar falta de ar. De acordo com uma análise da OMS baseada no estudo de 56 mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% têm sintomas graves (dificuldade em respirar e falta de ar) e 6%, quadros críticos (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte). © BBC Mas, nessa época do ano, também é comum apresentar tosse, febre, dores na garganta e na cabeça e sensação de fadiga por causa dos vírus da influenza, que provocam as gripes comuns. De acordo com os especialistas, os sintomas devem ser monitorados e, caso permaneçam leves, podem ser tratados em casa. No entanto, é preciso ter especial atenção a idosos e pessoas com baixa imunidade, mais vulneráveis ao novo coronavírus, e consultar um médico em caso de dúvidas. “A gripe normalmente é a única que nos faz sentir dores musculares. E costuma durar entre três e cinco dias. Essas podem ser indicações de que se trata de um vírus comum”, disse à BBC Brasil Heloisa Ravagnani, presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal. © BBC No caso do resfriado, os sintomas costumam ser ainda mais brandos e, em geral, apenas respiratórios — coriza, congestão nasal, tosse e dor de garganta, mas nem todos ocorrem ao mesmo tempo. “Caso a pessoa esteja tossindo e tenha outros sintomas leves, não deve esquecer de usar máscara ao entrar em contato com outras pessoas e de higienizar bem as superfícies com as quais tiver contato. Ela pode não ter covid-19, mas, em um momento como esse, todo cuidado é bem-vindo”, diz a infectologista. ‘Não é corona, é rinite’ Nos últimos dias, alérgicos têm se justificado nas redes sociais pela frequência de espirros, ou expressado confusão com os sintomas de rinite alérgica sazonal e da covid-19. Os comentários renderam memes como a frase “não é corona, é rinite”, que já virou até proposta de camiseta para os período de distanciamento social imposto pela pandemia. As síndromes respiratórias alérgicas, comuns em períodos como outono e primavera, podem provocar coriza e congestão nasal, comuns a gripes, resfriados e à covid-19. Mas são marcadas normalmente por espirros, e dificilmente provocam tosse ou febre, explica Paulo Sergio Ramos. “O importante é que as pessoas, mesmo sofrendo de alergia, resfriado ou gripe comum, mantenham a etiqueta respiratória. Ou seja, mantenham distância de 1 metro de outros espirrando ou tossindo; ao tossir ou espirrar, utilizem o antebraço ou um lenço, que deve ser descartado; e lavem sempre as mãos após tossir ou espirrar, para evitar disseminar outros vírus no ambiente”, alerta. Seguir estas regras também é importante pelo fato de que, de acordo com o mais amplo estudo já feito até agora sobre o novo coronavírus, realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, 80% dos pacientes terão apenas sintomas leves. No entanto, há evidências científicas de que até mesmo uma pessoa sem sintomas pode transmitir o vírus. © BBC © BBC COMO SE PROTEGER: O que realmente funciona COMO LAVAR AS MÃOS: Vídeo com o passo a passo SINTOMAS E RISCOS: Características da doença 25 PERGUNTAS E RESPOSTAS: Tudo que importa sobre o vírus MAPA DA DOENÇA: O alcance global do novo coronavírus
Coronavírus: saiba que alimentos fortalecem a imunidade.
Por Cris Perroni Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva. Rio de Janeiro Alimentação não evita o contágio, mas um sistema imunológico reforçado pode ter mais armas para combater a doença. Atletas precisam redobrar os cuidados. Em época de coronavírus, é importante ter atenção com a proteção do sistema imunológico. É fundamental manter boa hidratação, ingestão de alimentos com propriedades antioxidantes (vitamina C, vitamina E, selênio, zinco, vitamina A, licopeno, resveratrol…) e anti-inflamatórias, ômega 3 e probióticos. É claro que alimentação não evita o contágio com a doença. Mas um sistema imunológico fortalecido pode ter mais armas para combatê-la, e por isso vamos listar alguns alimentos que podem ajudar nesse reforço. E atletas profissionais ou amadores que seguem em treinamento, mesmo que seja em casa, precisam do cuidado nutricional para reduzir os efeitos negativos que o exercício em alta intensidade ou de longa duração podem causar ao sistema imunológico. Isso inclui redobrar a atenção com a ingestão energética, com maior consumo de alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios. + O que é coronavírus: sintomas, prevenção, transmissão e tratamento+ Se estiver doente, não malhe: repouso é fundamental+ Coronavírus: como fortalecer a imunidade e enfrentar o Covid-19 Frutas cítricas, berrys, mel, gengibre e castanhas estão entre os alimentos que ajudam a fortalecer a imunidade — Foto: Istock Getty Images Hidratação: a defesa do organismo contra microrganismos que entram através do trato gastrintestinal e respiratório é realizada por anticorpos, principalmente pelas Imunoglobulinas tipo A (IgA), que estão presentes principalmente na saliva. A redução do fluxo salivar pode diminuir a quantidade de IgA. Beba de 35 a 40 ml água/kg peso diariamente. Durante a prática esportiva, de 400 a 800 ml água/ hora. Probióticos: Bifidobacterium e Lactobacillos, microrganismos vivos, são “bactérias do bem”, que administradas em quantidades adequadas acarretam benefícios à saúde. Estimulam a multiplicação de bactérias benéficas. Podem estar na fórmula de cápsulas, sachês e adicionadas em alimentos como alguns iogurtes. Alimentação Colorida e Variada e diversidade alimentar promovem maior ingestão de vitaminas, minerais, ômega 3 e fitoquímicos: Vegetais verde escuros (espinafre, bertalha, brócolis, agrião, couve…): fontes de fibras, betacaroteno, ferro, ácido fólico; Frutas e legumes avermelhados (morango, tomate, cereja, berrys, goiaba): excelentes fontes de vitamina C, licopeno, antocianinas e ácido elágico, têm propriedades antioxidantes, cardioprotetoras e estimulantes do sistema imunológico; Frutas e legumes alaranjados (mamão, cenoura, damasco): ricos em pigmento carotenoide, vitamina A e vitamina C. Atuam na manutenção dos tecidos, pele e cabelos, aumentam a imunidade e a defesa antioxidante e melhoram a acuidade visual e a visão noturna. Alimentos arroxeados (uva roxa, ameixa, mirtilo, jabuticaba): fontes de antocianina e resveratrol. Possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antifúngicas e cardioprotetoras; Castanha do Pará e nozes: fontes de selênio, vitamina E, ômega 3; Iogurtes naturais: fontes de vitamina A e enriquecidos com probióticos; Linhaça: fonte de ômega 3, isoflavonas e fibras. Alho: fonte do fitoquímico alicina. Possui ação antifúngica, anti-inflamatória, antioxidante e hipotensora. Mel: anti-inflamatório, melhora a imunologia, expectorante, fonte de energia e prebióticos que favorecem o funcionamento intestinal e estimulam proliferação de bactérias benéficas intestinais. Gengibre: fonte de vitamina C e B6 (piridoxina), possui propriedade anti-inflamatória e antioxidante. * As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.